Alemães

A primeira colônia européia em Santa Catarina foi instalada, por iniciativa do governo, em São Pedro de Alcântara, em 1829. Eram 523 colonos católicos vindos de Bremen (Alemanha).

A colônia de Blumenau (atual Blumenau), no vale do rio Itajaí-Açu, fundada, em 1850, por um particular, Dr. Hermann Blumenau, foi vendida, dez anos após, ao Governo Imperial. Em decorrência dessa ocupação, os imigrantes bravamente exploravam as adjacências da já fundada Blumenau. Assim, subindo as margens do rio, estabeleceram-se em Timbó.

Em decorrência da Fundação de Timbó, por Frederico Donner, imigrante alemão, em 12 de outubro de 1869 – data em que construiu sua moradia e a primeira casa comercial às margens do rio Benedito, outras famílias alemãs chegaram. Ocupando, em seguida o que hoje é Benedito Novo.

Os pioneiros alemães seriam das Províncias da Saxônia, Mecklembrugo, Pomerânica, Brandemburgo e Baden. Um dos últimos contingentes alemães têm como ano de chegada, 1932.

 

Curiosidades

Annelise Groni, foi uma das poucas crianças a vir com os imigrantes para o Rio Lima – hoje comunidade de Doutor Pedrinho, após a emancipação do mesmo. Ela veio com o grupo denominado Mauruser, quando tinha com oito anos. Lembra que entre as 180 pessoas que vieram para cá, existiam apenas três famílias formadas: Baironer, Hartmann e Röes, esta última família de dona Annelise e proprietária da serraria lá instalada. Todos os demais eram rapazes solteiros, que arriscaram tudo em busca de um novo futuro. O mais novo deles era Hans Emster, que veio com 16 anos e que sempre acompanhava o capelão Beil.

O primeiro grupo que para cá veio, foi denominado do Ebensteinburger (uma cidade alemã) e era composto de 17 homens. Cada um que chegava, tinha que trabalhar dois anos de graça, recebendo ainda uma casa e um lote de 100 morgos, ou 25 hectares . Segundo seu depoimento, durante os dois primeiros anos, restaram aproximadamente 1/3 dos imigrantes no Rio Lima. Em 1957, o último imigrante deixou o Rio Lima.

Rio Lima, um local inóspito, recebeu novos imigrantes com grande espírito empreendedor, fazia parte de um projeto audacioso: a “nova Berlim”. Coordenada pelo capelão Beil, sempre ágil, a comunidade era bem evoluída: além de energia própria, tinha até cinema.

Além da contrariedade ao nazismo, outro fator que incentivava a vinda de imigrantes para cá, era o desemprego existente na época, na Alemanha.